João 1:1-10
Querido amigo, ao contemplar as palavras inspiradoras do apóstolo João, somos conduzidos a um profundo mergulho na essência divina que permeia a nossa existência. Nesses versículos do primeiro capítulo, somos introduzidos à majestade da Palavra, aquele que estava no princípio, que estava com Deus e era Deus.
Parece quase impossível expressar em palavras a magnitude dessa verdade. A Palavra é o próprio Deus, envolto em mistério desde os primórdios. Sua presença transcendental ecoa na criação, pois todas as coisas foram feitas por meio dele. É uma afirmação que ecoa além do tempo, ecoa no cerne de cada átomo, em cada respiração e em cada batida do coração.
Nesse maravilhoso relato, somos conduzidos à revelação da vida e da luz. Nele, encontramos a fonte da vida que pulsa em nossas veias, e a luz que brilha nas trevas do mundo. Uma luz que as trevas não podem extinguir, uma esperança que transcende as sombras mais profundas de nossas vidas.
João Batista surge como uma figura divinamente enviada, um mensageiro a testemunhar acerca dessa luz. Ele não era a luz, mas veio para apontar na direção dela. Que imagem poderosa! Imagine, um homem escolhido por Deus para ser uma voz que ressoa no deserto das nossas vidas, apontando para a verdadeira luz que estava prestes a iluminar o mundo.
A verdadeira luz estava chegando ao mundo, uma luz que ilumina cada coração humano. Que maravilha é perceber que essa luz não é exclusiva, mas oferecida a todos os homens, a todas as mulheres. Não há distinção, pois a graça de Deus brilha indiscriminadamente sobre a humanidade.
Contudo, aqui está a triste ironia: o próprio mundo que foi feito por intermédio dele não o reconheceu. O Verbo, a Palavra encarnada, esteve entre nós, mas muitos não perceberam, não compreenderam a magnitude da presença divina entre nós.
Hoje, convido você, meu querido leitor, a contemplar essa luz. A Palavra que estava no princípio ainda está conosco, disponível para iluminar nossas vidas. Que possamos, como João Batista, testemunhar acerca dessa luz, guiando outros a encontrarem o caminho da verdadeira vida.
João 1:11-20
Querido irmão, nestes versículos, somos confrontados com a dura realidade de que aquele que veio para os seus não foi recebido por eles. É uma narrativa tocante, uma tristeza profunda que ressoa nos corações daqueles que anseiam pela aceitação do Salvador.
No entanto, há uma luz de esperança que brilha intensamente nos versículos seguintes. Aos que o receberam, aos que depositaram sua fé no seu nome, foi concedido o direito divino de se tornarem filhos de Deus. Que maravilha é essa! Não por descendência natural, nem pela vontade da carne ou de homens, mas pelo miraculoso novo nascimento proveniente de Deus.
A Palavra, que antes habitava nas alturas celestiais, tomou a forma humana e viveu entre nós. Essa é a encarnação, o mistério insondável da divindade caminhando entre a humanidade. João testemunha essa gloriosa manifestação, descrevendo-a como a glória do Unigênito, cheio de graça e verdade.
João Batista, o precursor, clama em reconhecimento da grandiosidade de Jesus. Ele declara que aquele que vem depois dele é superior, existindo antes mesmo de seu nascimento humano. É uma afirmação poderosa da eternidade de Cristo, da sua preeminência sobre toda a criação.
A imagem de “graça sobre graça” nos envolve com a ideia de que recebemos continuamente da abundância divina. É uma cascata infindável de graça, um presente que se renova a cada dia, uma provisão divina que ultrapassa nossas limitações humanas.
A Lei, dada por meio de Moisés, é contrastada com a graça e a verdade que vêm por meio de Jesus Cristo. Aqui, encontramos uma mudança de paradigma, uma transformação na maneira como Deus se revela ao mundo. A Lei, embora santa e justa, é superada pela graça e verdade que emanam do próprio Filho de Deus.
João, então, testifica que ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido. É como se as cortinas do céu se abrissem, revelando o rosto do Criador de maneira palpável e acessível em Jesus Cristo.
Quando questionado sobre sua identidade, João Batista reconhece humildemente que não é o Cristo. Ele não busca a glória para si mesmo, mas aponta para aquele que é verdadeiramente digno de toda honra e louvor.
Que possamos absorver essas verdades profundas em nossos corações, reconhecendo a graça incomensurável que nos foi dada por meio de Jesus Cristo. Que a realidade do novo nascimento e a presença contínua da graça sobre graça nos inspirem a viver como filhos amados de Deus, refletindo a luz da glória que vimos em Jesus. Amém.
João 1:21-34
Querido leitor, a cena se desenrola com questionamentos persistentes à João Batista sobre sua identidade. “Quem é você?”, indagam-lhe. As expectativas pairam no ar, pois Elias ou o Profeta eram figuras esperadas, mas a resposta de João é clara e humilde: “Não sou”. A busca pela compreensão continua, até que a pergunta crucial emerge: “Quem é você? Dê-nos uma resposta que possamos levar aos que nos enviaram. O que você diz sobre si mesmo?”
A resposta de João ressoa com a autoridade profética das Escrituras, pois ele se identifica como a voz que clama no deserto, citando as palavras do profeta Isaías: “Eu sou a voz do que clama no deserto: ‘Façam um caminho reto para o Senhor'”. Aqui, João revela sua missão precursora, preparando o caminho para a chegada daquele que é maior do que ele.
Então, surgem questionamentos sobre o batismo de João. Por que ele batiza se não é o Cristo, Elias ou o Profeta? A resposta é profunda e reveladora: “Eu batizo com água, mas entre vocês está alguém que vocês não conhecem. Ele é aquele que vem depois de mim, cujas correias das sandálias não sou digno de desamarrar.”
Neste ponto, somos transportados para o local onde tudo acontece, em Betânia, do outro lado do Jordão, onde João estava batizando. É nesse cenário sagrado que João testemunha a chegada de Jesus. Seus olhos se fixam no Filho de Deus, e ele exclama com alegria e reverência: “Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! Este é aquele a quem eu me referi, quando disse: ‘Vem depois de mim um homem que é superior a mim, porque já existia antes de mim.'”
João Batista, então, compartilha um testemunho poderoso de ter visto o Espírito descer do céu como uma pomba e permanecer sobre Jesus. Ele reconhece a orientação divina que o capacitou a identificar o Messias, afirmando: “Eu vi e testifico que este é o Filho de Deus.”
Neste relato, somos convidados a refletir sobre a grandiosidade daquele que veio para redimir o mundo. Que possamos, como João Batista, reconhecer a presença divina em nossas vidas e testemunhar a verdade que emana do Filho de Deus, o Cordeiro que tira o pecado do mundo. Que esse testemunho ressoe em nossos corações, inspirando-nos a proclamar a grandiosidade de Jesus em tudo o que fazemos. Amém.
João 1: 35-51
Neste trecho fascinante de João 1:35-51, somos testemunhas do encontro transformador de alguns discípulos com Jesus, o Cordeiro de Deus.
João Batista, novamente, aponta para Jesus proclamando: “Vejam! É o Cordeiro de Deus!” Diante dessa revelação, dois discípulos de João decidem seguir Jesus. Ao perceber que estão sendo seguidos, Jesus gentilmente vira-se e pergunta: “O que vocês querem?” Em resposta, eles se dirigem a ele chamando-o de “Rabi” (Mestre) e indagam sobre sua moradia. A resposta de Jesus é simples, mas carregada de significado: “Venham e verão.” Esses discípulos, então, passam o dia com Ele.
André, um dos discípulos, corre para contar a boa notícia ao seu irmão Simão, anunciando que encontraram o Messias. Ao trazer Simão a Jesus, o Mestre imediatamente reconhece sua identidade, dando-lhe o nome de Cefas, que significa Pedro.
No dia seguinte, Jesus decide ir para a Galileia, e ao encontrar Filipe, simplesmente diz: “Siga-me.” Filipe, por sua vez, encontra Natanael e compartilha a notícia daquele sobre quem Moisés e os profetas escreveram. Natanael, inicialmente cético, questiona se algo bom poderia vir de Nazaré. A resposta de Filipe, “Venha e veja,” reflete a essência da jornada de fé.
Quando Jesus vê Natanael se aproximando, elogia sua integridade, declarando que ele é um verdadeiro israelita, sem falsidade. Natanael, surpreso, pergunta como Jesus o conhece. A resposta de Jesus revela sua onisciência, mencionando que o viu debaixo da figueira antes mesmo de Filipe o chamar. Esse conhecimento íntimo de Natanael leva-o a proclamar: “Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!”
A resposta de Jesus é fascinante: “Você crê porque eu disse que o vi debaixo da figueira. Você verá coisas maiores do que essa!” Jesus promete a Natanael experiências mais extraordinárias, sugerindo que testemunhará o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem.
Neste relato, somos convidados a seguir o exemplo desses discípulos, respondendo ao convite de Jesus para “Venham e vejam.” Que possamos, como eles, testemunhar a transformação em nossas vidas ao encontrar o Filho de Deus, o Messias. Que nossas dúvidas e ceticismos se dissipem diante da revelação de quem Jesus verdadeiramente é, e que possamos crer em coisas ainda maiores que Ele tem preparado para nós.
Que a graça e a paz daquele que é a Palavra, permeiem o seu coração hoje e sempre. Amém.